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A simplicidade de Manoel 

              Com simplicidade e criatividade, Manoel de Barros revive sua infância em suas poesias. Quando criança, o poeta esteve em contato com a natureza e animais, usando como brinquedo sua imaginaçãoe isso inspirou a linguagem lúdica e simples de suas poesias.

 

          Em um primeiro contato com a poesia de Manoel somos surpreendidos com a forma como o autor começa uma poesia do inesperado, transformando coisas que não poderíamos imaginar em uma bela poesia.

 

       Muito fiel a pureza de suas obras, Manoel aposta na imaginação de seus leitores ressaltando um mundo que deixamos passar despercebido, um mundo onde tudo que vemos é desconstruído e substituído pelo olhar inocente do poeta.

 

              Nos tempos de hoje, em que as coisas materiais são consideradas as mais importantes, Manoel se destaca com suas definições diferenciadas e com sua visão humanista, atribuindo valor às pequenas ações, aos pequenos seres e aos momentos.

 

“...que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.”

 

Entrevistamos algumas pessoas com o propósito de tentar fazê-las experimentar um pouco esse olhar de Manoel, atribuindo a um pente características que, normalmente, não se atribuiria:

Horóscopo

Áries: ”poesia é voar fora da asa “

Gêmeos: ”sou livre para o silencio das formas e das cores”

Leão: ”as flores dessas arvores depois nascerão mais perfumadas”

Libra: “Quando o mundo abandonar o meu olho.
Quando o meu olho furado de beleza for esquecido pelo mundo.
Que hei de fazer”

 sagitário: “A voz de uma passarinho me recita.”

aquário: ”um fim de mar colore os horizontes”

Touro: “Quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas - é de poesia que estão falando.”

Câncer: ”Eu via a natureza como quem a veste. 
Eu me fechava com espumas.”

Virgem: ”Natureza é uma força que inunda como os desertos.”

Escorpião: ” A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.”

capricórnio: ” Eu precisava de ficar pregado nas coisas vegetalmente e achar o que não procurava.”

peixes: “Passava os dias ali, quieto, no meio das coisas miúdas. E me encantei.’’

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